Hoje o sol está arriado nos prédios, ao léo de um ventinho besta que anda por aí sem pressa, impregnando as ruas com cheiro de cerveja e batata frita. Um mormaço moroso vai se arrastando pelas esquinas, embalado pela ladainha dos motores dos ônibus em procissão. As sombras se esticaram para deitar na calçada, o céu desbotou de leseira e as nuvens foram embora para descansar, desfeitas no bocejo da tarde. Foi o domingo que inventou a preguiça.
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