domingo, novembro 25, 2012

Desculpe, não posso. Tenho um compromisso.

Não sei por quê em alguma esquina da minha vida, provavelmente congestionada, o termo "compromisso" ganhou um significado odioso. Hoje, também não sei por quê (ou até sei, mas não quero falar), lembrei do meu ex namorado dizendo pra mim naquele começo incerto: "Olha, eu não quero compromisso". Minha resposta foi categórica: "Somos dois. Também não quero esse troço".

Compromisso pra mim é casamento de prima distante na igreja católica ortodoxa, chá de bebê da esposa do seu colega de trabalho, batizado da neta da vizinha, entrevista de emprego com dinâmica de grupo, é trabalhar todos os dias no mesmo horário e digo mais: dentista. Se alguém me chamar pra um Happy Hour e eu tiver um tratamento de canal marcado, certamente vou dizer: "Não posso. Tenho um compromisso".

Há quem diga que eu não entendo o significado da palavra, mas eu entendo sim. Só não gosto. 

Compromisso pra mim soa como obrigação social e não como um ato de prazer. Inclusive, pra ilustrar bem a minha impressão pessoal, o dia que meu relacionamento virou compromisso, terminou por falta de ser namoro.  Eu quero namorados, não compromissos.

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